Como Lidar com a Insegurança e o Ciúme do Parceiro

Como Lidar com a Insegurança e o Ciúme do Parceiro

Quando a bagagem que o outro traz para sua vida é a falta, cuidado! Muitas vezes, não é o relacionamento que desgastou, mas é justamente a pessoa com quem você escolheu se relacionar que está desgastada, a ponto de encontrar na incompletude sua única moeda de troca disponível. Afinal, aquele que não se percebe com valor, tenderá sempre a buscar no outro o que lhe falta.

Parece absurdo, mas é dessa maneira que o ciumento de plantão, em meio as suas crises, irá se comportar. O ciumento sempre se prestará ao papelão de mostrar a Deus e o mundo que cabe ao outro abastecer sua autoestima.

Pois é isso mesmo! O ciumento, devido a sua falta de amor-próprio, acabará sempre transferindo para o outro a tarefa hercúlea e ingrata de fazê-lo feliz.

E Como Isso é Possível?

Ora! Onde existe um dominador, existe também alguém que se permitiu dominar. Neste sentido, pense comigo: quando foi que você deixou de impor limites? Como foi que você permitiu que as coisas chegassem no patamar em que se está?

Bem, se você consegue se enxergar nessa situação, sua primeira ação precisa ser a de se questionar.

É isso mesmo! Você já questionou demais o outro até aqui. Então, que tal dessa vez começar a olhar um pouco mais para si mesmo e se dispor a fazer as perguntas que realmente lhe cabem?

Imponha Limites: Não Atenda Todas as Ligações e Mensagens

Quando você escolhe fazer o jogo do ciumento na tentativa de salvar o relacionamento, a pergunta que fica é: Que relacionamento você está tentando salvar? Sua postura de não enfrentamento está mesmo dando algum resultado satisfatório? Você está feliz quando deixa de ser você em prol das paranoias alheias?

Olha só! Não são poucas as pessoas que entram em relacionamentos esperando que o outro resolva os seus problemas, que o outro faça por ela aquilo que só ela pode fazer. Pois bem! E é bem nesse tipo de cenário que vão surgir figuras complicadas como é o caso do ciumento.

O ciumento nunca se relacionará com uma pessoa mais forte do que ele. Sim, essa, sem dúvida, é uma característica bem marcante desse tipo de pessoa, pois, faz parte do ciumento buscar o posto de dominador da situação.

Bem, dado esse contexto todo, caia na real: o que esse tipo de pessoa precisa mesmo é ser confrontada. E, para que isso aconteça, você precisa desenvolver certa consciência do que realmente vale a pena.

Quando nos submetemos ao ciúme, podemos até pensar que estamos ajudando, protegendo o relacionamento que temos, porém, a dura verdade é que esse tipo de atitude só tende a aumentar o problema no médio e longo prazo.

Você Não Vai Conseguir Ajudá-lo Sozinho

Sua ajuda é importante; porém, não há como se colocar a disposição sem auxílio. Independente de quem estiver se afogando, sem as ferramentas adequadas, ambos podem terminar mortos.

Por não se conhecer e pela baixa auto estima que dispõe, o ciumento, infelizmente, possui um péssimo hábito de se apossar de valores alheios.

Sendo assim, a pessoa ciumenta precisa ter seu valor reforçado, para que possa se identificar com as características que lhes são próprias.

Portanto, quem escolhe prosseguir se relacionando com uma pessoa assim, precisa estar disposto a ajudá-lo em seu processo de resgate, no desenvolvimento de seus valores. Todavia, aquele que é vítima do ciúme do parceiro não terá como cumprir todo esse processo sozinho e precisará se cercar de instruções, além de buscar ajuda profissional e dos familiares.

Sim, definitivamente: Quando o ciumento não se reconhece, é necessário que seu parceiro se posicione quanto a necessidade de ajuda. Ademais, quem se relaciona com uma pessoa ciumenta também precisa ter em mente que, quando o parceiro não está disposto a ir para o tratamento, então é necessário que a própria vitima o faça.

É necessário buscar ajuda externa ao relacionamento, pois, quem convive com alguém assim, tenderá a se isolar e a ceder ao comportamento possessivo e manipulador do outro.

Abordagens para a Superação do Ciúme

A superação do ciúme envolve reconhecer suas manifestações, aplicar técnicas eficazes de gestão e, em alguns casos, buscar apoio profissional. Logo, cada abordagem tem em vista ajudar o indivíduo a lidar com seus afetos e a promover relacionamentos mais saudáveis.

Neste sentido, devemos ter em mente que são várias as técnicas que podem se integrar ao processo de gestão do ciúme para promover bons resultados. Algumas delas incluem:

1 – Autoanálise: Reconhecimento do Ciúme Excessivo

A chave para começar a tratar o ciúmes está em buscar menos controle sobre a relação e mais controle de si mesmo. Em outros termos, podemos dizer que, quando o ciumento passa a ter o domínio sobre a percepção que tem de si, então, sua realidade de fato passará a mudar de forma significativa.

Para melhor ilustrar este item, faremos agora um pequeno exercício de reflexão a partir de breves questionamentos disponíveis a seguir:

  • Será que a situação em que você está atribuindo culpa a outra pessoa, no fim das contas, não passa de algo que ficou desproporcional apenas dentro da sua mente?
  • Será que as suas percepções a cerda do seu relacionamento condizem com a realidade?
  • O que as pessoas que estão ao seu redor, que frequentam a sua vida, pensam sobre isso?
  • Será mesmo que você está totalmente certo?

Desenvolva a Autorreflexão

Bem, é por estas e outras que Identificar o ciúme excessivo é o primeiro passo para enfrentá-lo. E, para que isso se torne algo efetivo, a pessoa ciumenta precisa observar certos sinais tais como:

  • Sentimentos de insegurança: Sensação constante de inadequação.
  • Comportamento controlador: Monitorar onde o parceiro está ou com quem se relaciona.
  • Desconfiança irracional: Acusações sem fundamento de traição ou deslealdade.

Reconhecer essas características, entre outras, permite que a pessoa entenda que o seu ciúme está sendo um tanto disfuncional. Neste sentido, manter um diário pode ser um bom exercício, uma vez que possibilita uma identificação direta desses padrões, na medida em que o ciumento se dispõe a anotar seus pensamentos, sentimentos e comportamentos desordenados.

2 – Comunicação Efetiva

Comunicação aberta e honesta é fundamental para prevenir o ciúme patológico. Afinal, quando as partes envolvidas se sentem à vontade para expressar seus sentimentos, é mais fácil pontuar mal-entendidos e resolver dúvidas e inseguranças.

Estabelecer momentos regulares para conversas profundas pode ajudar. Durante essas conversas, é importante escutar ativamente e validar os sentimentos do outro, visto que a empatia desempenha um papel crucial, pois permite que ambos entendam melhor as preocupações que surgem.

3 – Construção da Confiança

A confiança é a base de qualquer relacionamento saudável. Para construí-la, é necessário ser consistente nas ações e nas palavras. Logo, cumprir promessas e ser transparente em relação a intenções e sentimentos são passos fundamentais.

Além disso, é relevante evitar comportamentos que possam desencadear ciúmes. Isso inclui respeitar a privacidade do parceiro e não compartilhar informações pessoais com terceiros sem consentimento.

O tempo dedicado em atividades de qualidade também fortalece a confiança. Por isso, Compartilhar experiências positivas e buscar enfrentar desafios em conjunto geram um senso de parceria muito necessário para que se possa alcançar certa diminuição nas inseguranças.

4 – Autodesenvolvimento e Autoestima

O autodesenvolvimento é vital para a prevenção do ciúme patológico. Isto é, quando uma pessoa investe em si mesma, desenvolve mais autoconfiança e esta tende a diminuir significativamente as inseguranças.

É por essa razão que devemos considerar práticas como exercícios, meditação e hobbies pessoais como ferramentas eficazes no nosso processo de desenvolvimento pessoal.

A autoestima saudável impacta diretamente nas relações. Ou seja, indivíduos que se sentem bem consigo mesmos tendem a confiar mais em seus parceiros e a reconhecer suas próprias conquistas.

5 – Terapia e Apoio Profissional

Às vezes, o ciúme excessivo pode se tornar difícil de manejar sem assistência profissional. E por isso, a terapia pode ser uma ferramenta valiosa, oferecendo:

  • Espaço seguro: Um ambiente para expressar sentimentos sem julgamento.
  • Intervenções específicas: Técnicas para lidar com a insegurança e melhorar a autoestima.
  • Apoio contínuo: Acompanhamento no processo de mudança e autoconhecimento.

Definitivamente, a terapia pode ser uma ferramenta essencial, uma vez que a busca por apoio profissional é capaz de proporcionar uma compreensão mais profunda das próprias emoções, além de desenvolver o gerenciamento do ciúme de modo mais construtivo. Em síntese, buscar ajuda de um terapeuta pode levar a novas perspectivas e métodos mais saudáveis

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