E Quanto a Vítima? Como se Comporta a Pessoa Controlada?

Pessoas Controladoras e Manipuladoras
Imagem de dooder no Freepik

Saiba que, dentro dessas situações relacionais, as quais possuem a mesma problemática em comum, jogar luz sobre a posição do controlado nos permite entender melhor o controlador e o contexto como um todo.

Falando na pessoa controlada, ou a potencial vítima da situação, além de culpa, esta tende a se sentir sufocada a ponto de não conseguir ter uma reação adequada frente aos abusos sofridos, uma vez que assumiu para si um papel passivo.

O mais interessante é que, geralmente, as pessoas abusadas não assumiram esse papel apenas nesse contexto; isto é, essas pessoas viveram diversas circunstâncias problemáticas em suas histórias de vida, de modo que passaram a assumir cotidianamente tal posição.

Esse é um comportamento muito comum em pessoas que contraíram determinadas crenças limitantes, principalmente durante a infância, do tipo: “ser a pessoa problema”, ou, durante a infância, ter sido sempre “aquela que precisava cuidar dos irmãos mais novos”.

Além disso, crianças que não brincaram e assumiram responsabilidades maiores que a idade que possuíam, entre outras características, também são passíveis de gerar certas fragilidades como a dificuldade de se impor como deveriam.

Portanto, é comum existir no comportamento da vítima um padrão que não foi estabelecido pelo abusador, mas, que pode ter vindo da infância ou da adolescência deste, através de praticas nocivas, que terminaram por gerar tamanha passividade.

Logo, o remédio para isso não pode ser outro senão romper o ciclo.

E Quando o Chefe é um Controlador?

Diante de um chefe controlador as pessoas tendem a se manter omissas diante das agressões que sofrem. A omissão, certamente, não só gera um sentimento de culpa na vítima por não conseguir lidar de maneira adequada com o que está vivendo, como também acaba por alimentar mais dessas situações.

Eu estava com diagnóstico de síndrome do pânico, meu chefe, não só me fez ir presencialmente ao local de trabalho, como também, numa reunião a portas fechadas, deu a entender que eu não havia mandado atestado médico…

Infelizmente, aceitei a narrativa dele, de que teria me enganado perante os ali presentes, mas, a verdade é que eu mandei documento antes mesmo de terminar meu período de afastamento…

Eu permiti que ele fosse dissimulado, não consegui enfrentá-lo mesmo com a verdade ao meu lado.

A. Mariana, 42

Com o ciclo vicioso montado, algo curioso também pode acontecer: a relação tóxica se dar de tal forma, que a pessoa abusada acaba se sentindo presa ao abusador. Nesta situação em específico, a vítima acaba por experimentar um estranho sentimento de falta em relação ao chefe controlador.

Enquanto existirem pessoas abaixando a cabeça existirão pessoas controladoras, uma vez que o medo paralisador é o que alimenta tais atitudes do outro.

Para Enfrentar Pessoas Controladoras, Entenda Bem Suas Emoções

Primeiramente, é preciso aprender a trabalhar as emoções a fim de que você se torne o comandante delas e não o comandado por elas.

Para se obter certo equilíbrio nas emoções, o controle de nosso humor é de extrema importância, visto que todo o comportamento humano resulta de algum estado emocional.

É por isso que nem tudo o que acontece é em virtude de um processo externo, pois, também existe em nós um processo interno se desenvolvendo dentro de nossas ações.

Nosso estado interno altera nossa fisiologia. Por isso, se estamos com raiva, a postura que apresentaremos será muito diferente, do que se estivéssemos felizes.

Então, quando falamos de mudar a fisiologia como forma de combater agressões de pessoas controladoras, não podemos esquecer que, embora seja um fator exteriorizável, este tende a se projetar do interior para fora.

Para Enfrentar Pessoas Controladoras, Mude Sua Fisiologia

Ainda assim, não podemos esquecer que tais processos, internos e externos, não atuam isolados. Isto é, estes se encontram inteiramente interligados e atuam em conjunto nos eventos, que denotam as reações humanas.

Por conseguinte, parece que não, mas, com uma simples modificação do estado externo também conseguiremos mudar o estado interno. Isso, claro, se fizermos internamente a escolha de usar a postura, a fisionomia a nosso favor.

Nesse sentido, quando acessamos nosso corpo, percebemos também a possibilidade de alterar as emoções que estão dentro dele para que possamos obter resultados melhores.

Então, se algum chefe agir com arrogância, autoritarismo, lhe impondo formas de abuso, ainda que sua estrutura interna não lhe dê caminhos, que esta ao menos dê o aval necessário a sua fisiologia, para que você possa através de seu corpo se impor frente a uma situação assim.

Sempre existirá nessas situações um enfrentamento sutil em que o menor ali pode não verbalizar, porém, poderá utilizar-se de outras linguagens para se impor e se proteger.

Ainda neste exemplo, se você puder se colocar em pé diante do chefe controlador e não abaixar a cabeça; se você puder sair de onde estiver e se aproximar de peito aberto, coluna ereta, mesmo que você não diga nada, sua fisiologia já terá mudado o suficiente seu padrão interno a ponto de que o estado emocional do agressor também já não será o mesmo; o que tenderá a fazê-lo diminuir o tom.

Crianças Controladoras

Primeiramente, é mito pensar que o ser humano só consegue ter determinadas atitudes quando este tem seu raciocínio lógico completo. Ou seja, apenas a percepção da criança, ainda que crua, é cabível para manifestar certo senso de controle.

Parece mentira, mas esta situação é muito comum principalmente quando o casal esquece de ser um casal e apenas se preocupa em ser pai e mãe; passando, desta forma, a colocar o filho como centro da vida dos dois.

Algumas Características

Além da falta de limite, entre as características de uma criança controladora está também o fato de esta só aceitar brincar da maneira dela. Este tipo de criança também se acostuma fácil a impor regras não só para os coleguinhas, mas também para os adultos próximos.

Crianças assim, por identificarem os pais fora de seus papéis, tendem a ter temperamento suficiente para, ainda que inconscientemente, assumir esses papéis como forma de mostrar aos progenitores os valores que gostariam de ter, mas não está encontrando ali.

Quando adultas, estar crianças, uma vez fora do ambiente familiar, tenderão a se sentir fragilizadas, uma vez que não souberam ser criança na época em que deveriam ser.

Como Lidar

Para lidar com isso, primeiramente, os pais devem perceber o movimento da criança.

Quando uma criança apresenta comportamentos não coerentes com sua idade, isto significa que algo está errado; mas, não diretamente com a criança, pois esta está representando o movimento da casa. O problema na verdade estará no comportamento dos pais e é este que deve ser averiguado.

O adulto precisa recuperar sua autoestima como adulto para que a criança possa voltar a ser criança.

0 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza Cookies e Tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência. Ao utilizar nosso site você concorda que está de acordo com a nossa Política de Privacidade.

Solicitar exportação de dados

Use este formulário para solicitar uma cópia de seus dados neste site.

Solicitar a remoção de dados

Use este formulário para solicitar a remoção de seus dados neste site.

Solicitar retificação de dados

Use este formulário para solicitar a retificação de seus dados neste site. Aqui você pode corrigir ou atualizar seus dados, por exemplo.

Solicitar cancelamento de inscrição

Use este formulário para solicitar a cancelamento da inscrição do seu e-mail em nossas listas de e-mail.

error: Content is protected !!