Mentalidade de Crescimento

Sucesso é aquilo que somos capazes de criar num contexto em que esses três componentes se manifestam: o querer, o saber e a oportunidade. Para isso, não basta qualquer saber, mas precisamos que esses três elementos possuam real integridade. Também não basta qualquer mentalidade. Se faz necessário uma mentalidade adequada; uma mentalidade de crescimento.

Mindset: Mentalidade e Conjunto de Crenças

A crença tem poder. Não importa se ela funciona consciente ou inconsciente: toda crença tende a ditar nossos comportamentos, peculiaridades, uma vez que ocupa o mais profundo de nós.

Uma pessoas pode construir uma casa de várias formas, mas, vai escolher entre todas essas formar uma em específico: a que seja mais compatível às suas características mais profundas.

Isso acontece porque a nossa mentalidade é moldada por um conjunto de crenças, as quais carregamos no consciente e inconsciente, de maneira a participar também de nossa identidade.

Se nossos pensamentos guiam as nossas ações e as nossas ações vão gerar nossos resultados, então, entenda o conjunto de crenças que possuímos como a real moldadora dos nossos pensamentos.

Mentalidade de Crescimento

Dentre todos os conjuntos de crenças que formam nossa mentalidade, algumas pessoas utilizam a mentalidade crescimento. Um tipo de mentalidade que acredita nas habilidades humanas como fator capaz de mudar uma realidade, na medida em que se é empregado o devido esforço necessário.

Claro! Nem tudo são flores na vida do ser humano, que possui crenças fortalecedoras a fim de manter esse tipo de mentalidade; mesmo assim, o indivíduo que possui essa mentalidade, ainda que as coisas não aconteçam dentro do previsto, ainda que algo dê muito errado, este sempre trabalhará no intuito de que seus esforços sejam empregados na construção e manutenção de suas habilidades.

Neste sentido, as pessoas com mentalidade de crescimento, se permitem olhar para uma situação de fracasso com otimismo, pois, o foco delas diante de um feito ruim, não está na incapacidade, no se sentir incapaz, mas, no entendimento de que existe ali um aprendizado a ser absorvido. Isto é, existe no entendimento dessas pessoas a crença otimista de que dar errado faz parte de todo o processo no qual se envolve o aprendizado.

Mentalidade de Crescimento, Mentalidade Fixa e a Psicologia

Além da mentalidade de crescimento, em que predominam as crenças fortalecedoras, também existe um tipo de pessoa, que se utiliza de uma mentalidade fixa. Isto é, pessoas assim acreditam que um indivíduo ou sabe ou não sabe; e, quando não sabe, fracassa. Logo, não existe para quem tem o mindset fixo o entendimento de adquirir habilidades. Não ao menos de forma significativa.

Portanto, existem dois tipos de pessoas no mundo: pessoas de mentalidade fixa e de mentalidade de crescimento.

Para saber a qual grupo pertencemos, é necessário voltar as origens e entender a forma como fomos criados; ou seja, entender o conjunto de crenças que nos estruturou como pessoa.

A genética determina boa parte do que somos e não há o que fazer a este respeito, porém, quando as características são intelectuais, existe ai a possibilidade de remodelagem e desenvolvimento de novas habilidades.

A propósito, já existem bons estudos de anos declarando que só ter “bons genes” não é o suficiente para se fazer na prática um gênio, um profissional fora de série, ou, alguém de sucesso. Portanto, é necessário entender que, ainda que a natureza seja boa com você, alta performance só se faz com o desenvolvimento de habilidades, o que consiste em aprender, praticar para crescer.

A psicóloga Carol Dweck, em seu livro – Mindset: A nova Psicologia do Sucesso – nos traz com clareza as diferenças entre o Mindset de crescimento e o Mindset fixo, bem como as formas para desenvolvimento de nossas capacidades psicoemocionais.

Mentalidade Fixa

O maior drama de quem tem mentalidade fixa é o de justamente não acreditar na possibilidade de mudança. As pessoas com este tipo de mentalidade, se negam a continuar, a persistir diante de fracassos, pois, o resultado não é percebido por elas como parte de um processo. Para esse tipo de pessoa um resultado não pode ser significativamente mutável.

Quem tem mentalidade fixa acredita que nasceu com certo nível de inteligência, capacidades e determinados dons ou a falta deles. Uma pessoa sim, ao perceber que não possui certo dom, certa facilidade para algo, ela não fará nada para desenvolver esta habilidade.

A pessoa com mindset fixo não acredita que vai crescer, portanto, ela não fará nada por si mesma diante de um fracasso e, consequentemente, continuará estagnada.

Para mudar esse padrões, nossa mentalidade precisa se desenvolver a ponto de conseguir modificar nossas crenças. Logo, quando falamos de alguém com mentalidade fixa, se faz necessário que novos conhecimentos sejam capazes de acessar este tipo de mentalidade de maneira a se impor perante as crenças limitantes que a formou.

Mentalidade de Crescimento X Mentalidade Fixa

Qual Dessas Mentalidades Predominam em Você? Como você se comporta diante das oportunidades que lhe exigem desenvolvimento, nova aprendizagem? Para que você encontre a sua resposta, será necessário se observer.

A grande diferença de uma pessoa de mentalidade fixa para alguém com mentalidade de desenvolvimento, é que este tipo de pessoa costuma ser reativo diante de qualquer forma de raciocínio que considere como de confronto. Portanto, quando a vida confronta alguém de mentalidade fixa é comum que este reaja assim:

  • Parece interessante, mas… Sem tempo tempo pra isso
  • Isso ai é pra quem é bom nesse tipo de coisa e não pra mim
  • Não nasci com esse dom
  • Já sei tudo o que preciso! Sem chance para o que não sou bom! Deixa pra quem é bom!

Esses tipos de frase surge porque, além de a pessoa com mentalidade fixa se sentir abaixo das possibilidades de novos aprendizados, esse tipo de pessoa também acredita muito na ideia de talento. Isto é, para uma uma mentalidade fixa, as pessoas são naturalmente boas ou ruins; não existindo, portanto, a possibilidade de um meio termo.

Já as pessoas com mentalidade de desenvolvimento, diante de qualquer frase, que pudesse soar como confrontante, esboçariam reações mais construtivas, animadas e com certo equilíbrio:

  • Eu posso aprender qualquer coisa, desde que eu me esforce e conheça mais a respeito
  • Se eu errar, tento outra vez
  • Eu dou um jeito

Mudança de Mentalidade para Hábitos Eficazes: Aprendendo com o Mindset de Crescimento

Essa visão positiva diante da aprendizagem, do esforço não torna a pessoa com mentalidade de crescimento alguém capaz de fazer qualquer coisa. Contudo, quem possui esse tipo de mentalidade, tem certa facilidade em focar em si mesmo e no quanto pode se superar. Logo, a mentalidade de crescimento não tem como foco a comparação com terceiros.

Além disso, quando as pessoas com esse tipo de mentalidade encaram um problema, elas não fogem dele, pois, acreditam que podem se tornar maiores que o problema.

Enquanto as pessoas de mentalidade fixa estão sempre procurando aprovação dos outros, ou se comparando com outras pessoas, a mentalidade de crescimento nos ensina que é importante praticar, errar e acertar, se ligar no trajeto, no caminho percorrido, a fim de se desenvolver em habilidades, que, antes de todo esse processo, não se existia.

Por isso, além de olhar para os problemas como um desafio, como uma forma de se desenvolver ainda mais, esse tipo de mentalidade também nos ensina o quanto é fundamental a prática para se desenvolver.

Vejamos alguns pontos mais, alguns hábitos, que podemos aprender com a mentalidade de crescimento a fim de melhorar nossa performance e desenvolver novos padrões mentais:

1. Onde Está o Seu Foco?

Tudo aquilo que você concentra aumenta; é assim que o cérebro funciona. Por esta razão, se você se concentrar nos seus problemas com o viés de uma mentalidade fixa, consequentemente, seu traumas, medos vão aumentar. Por outro lado, se você se concentrar na solução dos seus problemas, algo próprio de uma mentalidade de crescimento, além de encontrar as respostas, o ganho com esse tipo de postura será muito maior.

É de muita importância ter certa sabedoria em escolher o lugar em que se pretende gastar energia. Afinal, algo tão simples pode decidir nossas vidas para melhor ou pior a depender de como e onde colocamos nosso foco.

2. Mantenha Hábitos Eficazes

Toda mudança de vida para ser efetiva necessita sim de uma mudança de mentalidade, a qual só é possível em meio a hábitos eficazes; ou seja, pra ter resultados diferentes, continuar fazendo o de sempre não é uma opção, uma vez que isso tende a gerar mais do mesmo.

A mudança no trajeto, no percurso, exige certa decisão e disposição para mudar. Contudo, ironicamente, hábitos novos consistem numa repetição que não cai na mesmice, visto que estes tendem a aumentar o desconforto perante situações que exigem mais do indivíduo, a fim de que este alcance o domínio necessário. Isto é, quanto mais você ousa e se desprende da sua zona de conforto, daquela sua rotina de sempre, conhecida a olhos fechados, então, mais você se habilita para situações novas.

Quando o assunto é mudança de hábitos, a repetição de novas práticas é a mãe do aprendizado. Porém, infelizmente, esquecemos disso, uma vez que passamos muito do nosso tempo de vida acomodados; focados num esforço minimo para realizar aquilo que não nos desafia; aquele tipo de repetição sem novidade.

Hábitos Eficazes para uma Mentalidade de Sucesso.

O sucesso é algo que necessita de uma mudança de mentalidade para uma real mudança de hábitos. Portanto, o seu esforço, o seu treino, a repetição dos novos hábitos devem ocorrer diariamente, a fim de que estes sejam incorporados a sua estrutura psicológica a ponto de fazer parte de você, para que, enfim, possa refletir em suas ações concretas, em novas habilidades.

De uma forma curiosa, o hábito, quando eficaz, vai sendo incorporado ao nosso inconsciente e adquirindo as nossas características.

Os bons hábitos, que geram grandes transformações em nossas estruturas, nos impulsionam para ação. Para uma mentalidade de crescimento.

Quando desenvolvemos hábitos eficazes, não nos permitimos nos esconder no passado tampouco no futuro, uma vez que nosso foco se fixa no agora. Ou seja, a conquista de novas habilidades nos garante uma mentalidade de agentes ativos em nossa própria história.

3. Autoestima em Equilíbrio

Se você não gosta de você, ninguém mais vai gostar de você da forma que você precisa, do jeito que só você pode se dar a si mesmo.

Se você não se estima, o seu desempenho tanto pessoal quanto profissional estará fadado a mediocridade, uma vez que nunca poderá ser maior do que a sua autoimagem. Por isso é tão importante trabalhar no resgate de sua autoimagem, de maneira a melhorar sua autoestima

A Infância e Seus Desequilíbrios

Na infância, recebemos tantas negativas em meio a nossa construção como indivíduos, que acabamos por compensar certas deformações em nossa autoimagem por meio da adoção de mais de uma autoimagem; isto é, na vida adulta, terminamos por adotar uma imagem que pode ser apresentada para os outros, e uma outra, que mantemos oculta das vistas dos outros, uma vez que aprendemos lá na infâncias que as características desta não seriam apreciadas no âmbito social.

  • Nos primeiros sete anos de vida, você não tinha capacidade cognitiva. O seu cérebro funcionava como se fosse uma esponja. Ou seja, você estava consciente, mas você não tinha consciência de que estava consciente.
  • Dos 7 aos 14 anos, você entrou na fase de modelação. Isto é, você começou a modelar os outros, a copiar o comportamento das pessoas.
  • Por volta dos 14 anos, você entrou na terceira fase que é conhecida por fase de socialização. Nesta fase você começou a se socializar com os outros, e, teoricamente, você completou esse período por volta dos 21 anos.
  • Digo que esse período teoricamente se completa aos 21 anos, pois, não é difícil encontrar pessoas com 50 anos de idade que ainda não saíram de casa emocionalmente.

Dr. Lair Ribeiro

Essência: Tenha Coragem para Ser Você

É por estas e outras que a pergunta “quem é você” se faz tão complicada e complexa para uma resposta só. Todavia, além da dificuldade grande que passamos a ter de nos definir e nos entender, essa construção de vários “eus”, para atender as necessidades de outros, acaba por gerar um gasto descomunal de nossa energia vital.

Para uma mudança de mentalidade efetiva, é necessário uma mudar da percepção que se tem sobre si mesmo. Quando você muda a sua percepção sobre si, acaba por mudar também a sua realidade. Portanto, se você quiser mudar sua vida, terá que começar mudando a sua autoestima.

4. Pensamentos Bons, Hábitos Bons; Pensamentos Ruins, Hábitos Ruins

Não há como começar esse tópico sem focar na estrutura batida, porém, necessária de que:

Pensamentos geram sentimentos, que gera comportamentos

Nem sempre é assim, mas, na maioria das vezes é dessa forma que funcionamos. Isso acontece porque o ser humano, infelizmente, costuma ser reativo, uma vez que é comum que cheguemos a vida adulta com sequelas, cicatrizes, confusões trazidas da infância.

Se eu perguntar para você:

Você é constituído do quê? Se você fechar os olhos, as emoções que lhe vêm, os pensamentos que você acessa, são em maioria negativos ou positivos?

É normal que encontremos muitos pontos negativos em nossas lembranças, ou, que encontremos atitudes negativas que já estão tão enraizadas em nós, que acabam por nos definir. Você não quer ser assim, mas por algum motivo você faz o que faz; você não quer pensar assim, porém, por algum motivo você pensa negativamente.

O Que Deveria Ser Feito

Sua mente é repleta de pensamentos tanto de ordem positiva quanto negativa. É normal ter pensamentos negativos, porém, o que não é normal é o não saber lidar com eles.

Quando o assunto é mentalidade, se faz necessário entender que, um dos pilares de uma mente de sucesso se baseia na qualidade de seus pensamentos. Portanto, para lidar com os pensamentos negativos, nós devemos enxergá-los, entendê-los, para que estes diminuam sua importância, e, por fim, desenvolver novos pensamentos.

Muitas pessoas tentam fazer o trabalho de reprogramação mental com frases positivas e acabam se frustrando. Não que essa prática seja ineficaz, mas, para que esta desenvolva o potencial necessário, você precisará acessar os pensamentos em que você baseou toda a sua estrutura de vida e lidar com eles.

Você foi aquela criança que tinha medo do monstro do armário. Pois bem! Você não deve voltar a ser aquela garotinha, mas, você precisa reconhecer aquela garotinha assustada no meio de tantos pensamentos assustadores e libertá-la. Em outras palavras, é o você de hoje quem precisa acender a luz, abrir a porta do guarda-roupas e dizer para a menininha (ou menininho) que você foi – Não há nada aqui!

O Que Realmente Acontece

Infelizmente, não é nada disso que acontece na prática. Isto é, para lidar com nossos “monstros do armário” nossa atitude quase nunca é de enfrentamento, de buscar as origens; pelo contrário! Nossa primeira ação, reativa por sinal, ou se baseia em ignorar até que não dê mais para fazê-lo; ou então, nos colocamos em fuga. Isso mesmo! Nossa resposta básica é fugir.

As pessoas de um modo geral se escondem no passado ou se escondem no futuro; afinal, é muito mais fácil se esconder, todavia, não há como exaltar a eficácia desse tipo de escolha simplesmente porque não existe.

Quem se esconde tanto no passado como no futuro estará sujeito a ser prisioneiro de padrões que pouco entende.

Complexo de Passado, Complexo de Futuro

Quem se esconde no passado tenderá a reclamar que é do jeito que é por causa das circunstâncias da sua infância, que seu pai batia, que sua a sua mãe o tratava mal. Já os que se esconder no futuro, inconscientemente, estarão programados a se preocupar com as coisas que vão acontecer; ou seja, se tornam pessoas, que ocupam suas mentes antes da hora com o que ainda se quer aconteceu.

Portanto, se você de alguma forma se identifica com esse quadro, é importante fazer a seguinte investigação:

Quais são os sentimentos de culpa que você tá carregando? Você está carregando culpa ou ansiedade? Lembrando que a culpa é um sentimento do passado e a ansiedade é um sentimento do futuro, em que lugar do tempo você está? Passado, futuro, por onde você se perdeu quando a sua vida está precisando de você para se resolver aqui no presente?

O Passado Já Passou e o Futuro Ainda Não Chegou

O que existe é só o aqui e o agora. Existem pessoas que se escondem no passado e estas precisam entender que a infância delas já passou. Por que razão se prendem tanto no que já aconteceu? Também não adianta se preocupar com o futuro, pois este ainda não chegou. Se é assim, por que dessa preocupação? O que sustenta essa preocupação?

Se formos analisar a fundo todas as preocupações, que se criam no excesso de passado e futuro, acredite! É quase 100% as chance de serem em vão.

Pessoas com essa mentalidade só conseguirão mudança efetiva quando enfrentarem as suas fragilidades num processo verdadeiro de autoconhecimento.

5. Dê um Novo Significado ao Seu Passado

Quantas não foram as situações, lembranças, que adquirimos na infância e continuamos a carregá-las conosco até hoje.

É necessário avaliar o que devemos permitir em nós de toda essa estrutura de que somos feitos. Porém, estamos sempre tão ocupados, tão no piloto automático, que, quando reclamamos dos nossos fracassos, sequer paramos para pensar que nossos condicionamentos, da infância até o dia de hoje, nossos padrões são repetitivos; são quase sempre os mesmos.

Não importa se foram exemplos, que experienciamos; ou, determinados sentimentos e situações, que resistiram ao tempo porque fizemos a opção por interiorizá-los, uma vez que não sabíamos administra-los. O mais importante de tudo isso é que não há razão para que continuemos a arrastar junto aos nossos calcanhares o peso de algo que já não nos representa mais.

Não somos pulgas amestradas ou coisa do tipo. Logo, se você quer mudar sua realidade, comece sendo quem você deveria ser.

Preste atenção em todas as suas práticas e ações; busque entender como tudo isso ou tudo aquilo que você viveu estariam, ou não, refletindo a sua essência. Todos nós possuímos autoridade sobre nós mesmos. Logo, o primeiro passo para mudar qualquer condicionamento consistirá sempre em tomar posse de si mesmo.

Um Encontro com o Passado

Se sua intenção é parar de reproduzir condicionamentos ruins da infância, isto é, situações que você nem sabe como ou quando surgiram, mas, que se revelam nas suas atitudes, desta forma, compreenda que uma visita consciente ao seu passado para se entender pode ser um passo importante.

Eu sei! O tempo passa, nós crescemos e ai parece que está tudo resolvido. Errado! Na realidade, deixamos para trás, na maioria das vezes, situações mal resolvidas, que, se por sorte tivermos a chance de percebê-las, então, será algo que nos parecerá como sujeira debaixo do tapete, um porão repleto de coisas dos outros.

De frases do tipo “pelo menos eu não devo”, “dinheiro não vale nada e sempre acaba”, “eu tenho dedo podre”, “como dizia minha mãe: arranjar homem é procurar sarna pra se coçar”; bem como o sentimento de culpa por estar prosperando, ou a situação curiosa de não conseguir deixar a casa dos pais para se casar, enfim, tem de tudo. Porém, o mais importante é reconhecer essas estruturas negativas, fazer as pazes consigo mesmo, para, enfim, assumir novos conceitos.

6. Crie o Seu Futuro

Se você não se preocupar em criar o seu futuro, alguém irá criá-lo para você.

Parece estranho dizer e acreditar, mas, da mesma forma como temos memórias do passado, vividas e enraizadas como cicatrizes em nossos corpos, também é possível ter memórias do futuro.

E Como Isso Acontece?

Nós criamos memórias, ou projeções, do que pode vir a ser quando trabalhamos no presente para que isso aconteça. Pode ser que você não experimente igualzinho como você pensou, mas, com toda a certeza, será próximo, ou o suficiente para você se realizar, se identificar.

Para programar o seu futuro, é necessário pensar nele como parte de um processo que se inicia no presente. Sim! O seu presente é o começo do seu futuro. Desta forma, alguns pontos são de extrema importância:

1 – Saber Fazer Escolhas

O mais complicado em fazer escolhas, é que praticamente sempre fazemos escolhas de forma subjetiva, emocional e desconexa do futuro que queremos. Isso acontece porque, muitas vezes, por vivermos a sombra do passado, sequer conseguimos nos entender para saber o que de fato queremos da vida.

Nossas escolhas costumam ser imaturas, visto que, em boa parte da vida, não as consideramos como parte de um projeto.

Exato! A vida é um projeto com muitos projetos menores dentro dela. Essa é uma analogia necessária aqui, pois, precisamos entender de uma vez por todas que, quando fazemos uma escolha, existe inúmeras outras escolhas que são feitas embutidas nela. Isto é, você nunca faz uma escolha só.

Nosso Direito Está em Fazer as Escolhas e Arcar com as Consequências Depois

Nosso livre arbítrio está em fazer escolhas e não em escolher as consequências.

Portanto, o mais importante aqui, em princípio, é saber fazer boas escolhas. Para isso, é necessário se entender como parte de algo maior, buscar por autoconhecimento o mais cedo possível e, por último, mas, não menos importante, se abrir para um processo de cura interior, uma vez que nosso passado, as dores e cicatrizes conscientes e inconscientes que trazemos deste tempo, costumam se manifestar de maneira não muito positiva em nossos processos de escolha.

2 – Saber Como e Quando Agir

A ação depende de suas escolhas. Uma vez essas escolhas feitas, o importante agora é colocá-las em prática. E aqui está um ponto importante:

Não engane seu cérebro dizendo da boca para fora que vai por em prática a decisão tomada! Se comprometa! Afinal, uma vez que você decide e não faz, seu cérebro passará a não entender, a não confiar mais em suas ações, o que infelizmente resultará em total estagnação .

Para Agir é Necessário Comprometimento e Disciplina

Da mesma forma que você decidiu escovar os dentes todos os dias a ponto de isso ter se tornado algo automático para você, entenda que também será do mesmo jeito com todas as outras escolhas que você fizer e por em prática. Afinal, é só assim que se pode gerar o condicionamento consciente na mente de forma a fazê-la trabalhar e contribuir para o seu sucesso.

3- Desenvolva Suas Metas

Colocar tudo o que foi visto até aqui em prática é de extrema importância; porém, pode acabar se tornando uma tarefa um tanto complicada, uma vez que, explorar oportunidades e possibilidades, fazer boas escolhas e agir em todas essas circunstâncias, mas, sem um referencial adequado, sem um mapa, sem um mecanismo que nos identifique o quê, o como, o porquê, o quando dentro dos caminhos que decidimos traçar, tudo isso, acaba por, lamentavelmente, dificultar as ações necessárias.

As metas dentro do seu projeto de vida representam o seu mapa, a sua bússola! Portanto, construa uma mentalidade madura o suficiente, para fazer boas escolhas e consequentemente boas ações com real direção e sentido.

Ter metas é o ponto de conexão entre as boas escolhas feitas e as ações que precisarão ser tomadas. Portanto, metas são objetivas, possuem prazo, possuem metodologia para se fazer chegar. Quando desenvolvemos metas e somos disciplinados com estas, tudo o que se pretende não fica mais no campo abstrato e passa a ser visível aos olhos e palpável a medida que são colocadas em prática.

Quando você amadurece, fica possível olhar para si mesmo e pensar nos sonhos que se tem, transformá-los em metas, para que se transformem em realidade.

7. Equilibrio e Finalidade de Vida

Todas as nossas metas, escolhas e ações devem obedecer a uma finalidade de vida. Isto é, você não tem só meta espiritual, profissional; você não pode só se preocupar com a saúde física, ou em arranjar um casamento. Precisamos nos conectar com o todo, com todas as partes que temos.

Portanto, se uma área da sua vida vai bem e as demais vão mal, você não está bem; e, em pouco tempo, é possível que essas áreas que não estão bem impulsionem essa área onde as coisas acontecem para baixo. Ou pior, você pode acabar se tornar obcecado por uma única área, ter uma única meta e ficar bem enquanto as coisas estiverem aparentemente indo bem; mas, lamentavelmente, poderá também terminar em depressão quando esta não estiver mais fluindo do jeito que deveria.

Por isso, mais do que ter metas, do que tornar sonhos em realidade, o segredo do sucesso se chama equilíbrio. Equilíbrio no agir e no pensar; no ser e no ter; no que eu quero e no que eu preciso.

Ninguém pode ter uma mentalidade edificada, eficaz sem que esta esteja em equilíbrio; dentro de uma vida que prioriza o todo e não meras partes.

Só em equilíbrio, só no todo, é que poderemos enfim pensar de maneira clara em nossa finalidade de vida. Logo, só entende seu propósito, só está pronto para se desenvolver em plenitude, quem chegou ao nível de pensar em si mesmo num todo de maneira a transbordar para o próximo suas potencialidades.

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