Restaure a Confiança Perdida para Curar o Seu Coração
Quando algo abala as nossas estruturas, quase sempre queremos acreditar que as respostas estão no outro; porém, como já mencionamos por aqui: quando o fracasso é do casal, este nunca será de uma pessoa só. Desta forma, assim que nos dispomos a entender bem isso, teremos mais êxito no processo necessário de restauração de nossa autoconfiança. Sim, pois, independente de qualquer coisa, a única pessoa que se perdeu pelo meio do caminho e que podemos salvar somos nós mesmos.
Com toda a certeza, este não é o momento de sua vida em que seus pensamentos devam se resumir a ficar contabilizando o que o outro fez ou deixou de fazer, afinal, sua prioridade agora não é o outro tampouco cabe a você decidir, nesse exato momento, se irá ou não dar outra chance para o ex-parceiro.
O que lhe cabe agora é proporcionar a si mesmo outra chance, pois, voltar a confiar no outro é uma questão de escolha, de decisão que só poderá ser tomada quando sua autoconfiança estiver restabelecida.
Quem confia em si mesmo sabe do que aconteceu. Reconhece o outro na mesma medida que se reconhece nos erros e nos acertos, e, desta forma, não tem dúvidas se pode ou não seguir com a relação, pois, sempre apostará em suas certezas internas e não nas inconstâncias, que a relação possa apresentar.
Para Se Curar, Abandone de Vez o Desejo de Encontrar Culpados
O caminho da autoconfiança exige que se faça uma faxina interior; mas, para que você se entenda e entenda o relacionamento que teve, certos padrões ruins precisam deixar de existir; isto é, enquanto seu entendimento interno se basear em você mocinha ele vilão ou vice-versa; enquanto em sua mente houver disputa entre vocês de quem merece os méritos do péssimo relacionamento; ou, enquanto seu foco estiver em se responsabilizar e se punir por tudo o que deu errado no relacionamento; e, enquanto houver todos esses “enquantos” e muitos outros, não haverá espaço para você se curar.
Para se curar, é preciso entender que o término do relacionamento já aconteceu, portanto, você não vai conseguir se organizar enquanto essa necessidade de querer “ganhar sempre” continuar a fazer parte dos seus padrões.
Falando em padrões, também não será persistindo em se resolver na base da briga e da cobrança, ou, sem se abrir para as conversas internas que tanto precisa, que por certo conseguirá se restabelecer.
Limpar a bagunça que ficou após o término não significa apontar quem está certo, mas, entender onde estão as inconsistências que resultaram no fim. Por essas e outras, busque entender o que é seu e o que é do outro em tudo o que foi vivido.
Sem dúvidas, não há momento melhor que este para se pensar em tudo o que passou despercebido, além das coisas que foram omitidas indevidamente; afinal, quando as coisas dão errado, é também porque nossa bagunça interna acabou por se misturar bem a bagunça interna do outro, e, por consequência, não poupando ninguém da má digestão emocional gerada.
Quem Foi Você e Quem Foi o Outro em Todo Esse Processo?
Ninguém caminha pra frente carregando feridas abertas por questões não resolvidas. Por isso, se faz tão importante entender o que aconteceu e qual foi seu papel nisso tudo sem vitimismos ou tentativas de diminuir as responsabilidades que se tem.
O caminho para o perdão se abre quando passamos a entender quem somos e quem foi o outro dentro de todo o processo vivido.
Olhe para a sua bagagem pessoal. Entenda o que está lá, o que você passou e se existem padrões a serem superados. Lembre-se de quem você foi nesse relacionamento e como isso não deu certo
Nessas muitas vidas que tivemos ao lado de pessoas diferentes, já fomos muitas versões de nós mesmos a ponto de nos reconhecermos nos muitos outros com quem convivemos.
São elas, as muitas vidas que vivemos, as muitas pessoas que nos tornamos, que nos permitiram encontrar, por certo, as várias pistas sobre aquilo que somos hoje. Portanto, o olhar que temos sobre nossas experiências, ao fim de tudo, precisa gerar em nós fortalecimento e entendimento sobre o agora, a fim de que possamos nos encaixar naquilo que é novo.
Só assim pra seguir em frente sem se repetir, e, sem ousar a cometer os primeiros erros de sempre.
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