Os Futuros Contratos e a Necessidade do Diálogo
Um relacionamento exige muito mais concessões que propaganda para sobreviver. Mas, só faz concessões quem consegue ser sincero, honesto, primeiramente consigo para também conseguir ser com o outro.
A cada nova pessoa que vamos nos tornando, se faz necessário certa capacidade em manter um olhar consciente sobre nós mesmos.
Se você quer que algo de certo entenda: você deve ser consciente desde o começo sobre a sua essência; isto é, sobre as bases de quem você é e de quem é a pessoa com quem você quer estar.
Contudo, todos que possuem guardados em si o interesse em uma relação duradoura também precisará aceitar que: as pessoas mudam.
Quem se torna capaz de perceber mudanças na relação, e, o quanto antes, estiver aberto para falar, ouvir e reformular o seu relacionamento quantas vezes se fizer necessário, mais chances terá em desenvolver uma relação duradoura e saudável.
Como já foi mencionado por aqui, não. Ninguém é o mesmo após 20 anos. As pessoas mudam, os relacionamentos mudam; porém, a mudança será sempre bem-aceita se o casal priorizar a comunicação. Contratos afetivos exigem saber falar e saber ouvir. Infelizmente, a grande maioria das pessoas vai bem em apenas um desses quesitos.
A maioria de nós não vai bem no que é intrapessoal: a maioria de nós não se escuta e prefere se esconder a assumir verdades.
Novos Contratos: Revigoram o de sempre e Reajustam o que É Novo
O ser humano é dinâmico e as relações sempre se renovarão e se tornarão diferentes. Por essa razão, o conhecimento dessas mudanças se faz necessário a fim de organizar afetos, ressignificar o antigo para aceitar bem o novo.
Cada vez que você senta para discutir o novo, na prática, você estará se casando com uma nova pessoa que surge. Você estará revisando o velho contrato e assinando um contrato diferente, afinal, nada é igual por muito tempo e ninguém tem a obrigação de ser o mesmo 20 anos depois.
Contratos novos não resistem a conversas superficiais. Quem não se dispõe a dividir suas mudanças é porque não está disposto a olhar para o parceiro. Quando isso acontece, nos esbarraremos nas novas versões daquele que dizíamos amar, mas que agora acabou por se tornar um estranho. Pois é! É nesse ponto que as histórias se perdem, os acordos se tornam irrelevantes e a confiança também já não existe; pois, no fim das contas, ninguém confia, respeita ou mesmo espera por aquilo que não conhece, por aquilo que não reconhece mais.
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