Gente frágil não ama, gente frágil quebra. Amor é para os fortes.
A Carência e os Relacionamentos
A carência afetiva é algo que se relaciona diretamente com a construção do nosso eu. Por esta razão, toda a atenção que recebemos, como essa atenção foi dada, por quem foi dada e de que forma nos nutrimos dela, construiu, em grau significativo, o indivíduo que nos tornamos, além de também ter determinado a intensidade de nossas fragilidades.
Uma pessoa que foi abastecida emocionalmente na infância conseguirá lidar melhor com os afetos que lhe aparecerão na vida adulta. Em outros termos, o movimento afetivo do outro é sempre bem assimilado por aquele que tem um emocional saudável; o que não costuma acontecer, infelizmente, com quem tem problemas afetivos envolvendo a carência.
A fragilidade de uma pessoa descreve parte de sua imaturidade emocional. No caso de um relacionamento envolvendo pessoas carentes, além de não conseguirem entender os próprios limites, estes acabam confundindo o outro como parte de si, como propriedade. É por essa razão que, para o imaturo emocional que esboça carência, suas fragilidades são interpretadas como lacunas que precisam ser preenchidas pelo outro.
Pessoas com emocional frágil não se bastam por si mesmas. Aliás, este tipo de pessoa tem o péssimo hábito de fazer do outro uma extensão sua. Assim, como tudo que está errado, a carência excessiva é um sintoma dos nossos afetos desordenados.
Claro! Todo o ser humano é carente; porém, existem pessoas que passam do limite aceitável em suas relações com o outro e consigo mesmas. É nesse contexto, nos exageros e na ausência de identificá-los, que se verifica certa desordem emocional.
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